O QUE É?
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES ou apenas lúpus) é uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, cujos sintomas podem surgir em diversos órgãos de forma lenta e progressiva (em meses) ou mais rapidamente (em semanas) e variam com fases de atividade e de remissão.
Pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, raça e sexo, porém as mulheres são muito mais acometidas (principalmente entre 20 e 45 anos).
Existem dois tipos principais da doença: o cutâneo, que se manifesta apenas com manchas na pele, ocorrem principalmente em árias como rosto, orelhas, colo e braços; e o sistêmico, no qual um ou mais órgãos internos são acometidos.
A causa do Lúpus ainda é desconhecida, embora sabe-se que fatores genéticos, hormonais e ambientais influenciam no seu desenvolvimento. Portanto, pessoas que nascem com susceptibilidade genética, em algum momento, após uma interação com fatores ambientais (irradiação solar, infecções virais ou por outros micro-organismos), passam a apresentar alterações imunológicas, como o desequilíbrio na produção de anticorpos que reagem com proteínas do próprio organismo e causam inflamação em diversos órgãos (pele, mucosas, pleura e pulmões, articulações, rins etc.). Dessa forma, entendemos que o tipo de sintoma que a pessoa desenvolve, depende do tipo de autoanticorpo que a pessoa tem e como ele se relaciona às características genéticas de cada pessoa.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
Cada pessoa com Lúpus Eritematoso Sistêmico tende a ter manifestações clínicas (sintomas) específicas e muito pessoais. Manifestações gerais como cansaço, febre baixa, emagrecimento podem estar presentes no início.
Outras manifestações:
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é feito pelo reconhecimento de um ou mais sintomas descritos, associados com algumas alterações em exames de sangue e urina características.
Embora não exista um único exame que seja exclusivo do Lúpus (100% específico), a presença do exame chamado FAN (fator ou anticorpo antinuclear), dependendo do título e padrão, em uma pessoa com sinais e sintomas característico de LES, permite o diagnóstico. Porém, é um exame que pode estar presente em pessoas sem a doença, portanto, não deve ser realizado como rotina em pessoas assintomáticas.
Outros anticorpos como Anti DNA e Anti Sm são importantes e outros exames de sangue, urina ou imagem são necessários, dependendo da queixa de cada paciente.
TRATAMENTO
Não há cura para o Lúpus, e não existe um único tratamento para doença. Por acometer os doentes de maneiras distintas, o tratamento é personalizado para cada paciente, levando em consideração a manifestação principal da doença.
A hidroxicloroquina, imunossupressores e corticóides são alguns exemplos.
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